Então invicto no MMA, Yan Cabral acabou sentindo o amargo gosto da derrota pela primeira vez em maio deste ano, no UFC Fight Night 40, quando foi derrotado por Zak Cummings. O peso-médio da Nova União volta ao octógono no UFC 179, no Maracanãzinho, Rio de Janeiro, dia 25 de outubro, contra Naoyuki Kotani com lições aprendidas do revés, e promovendo algumas mudanças, a começar pela troca de categoria, saindo dos meio-médios (até 77,5kg) para os leves (até 70,7kg).
Yan acredita ter estado mais leve do que os concorrentes em seus dois primeiros combates no Ultimate, ambos pelos meio-médios. Mesmo tendo vencido na estreia David Mitchel, por decisão unânime dos juízes, o brasileiro acredita que cometeu erros, não corrigidos para o duelo contra Cummings, culminando na primeira derrota profissional.
"Estou vindo de um resultado negativo. Isso fez rever alguns conceitos, em relação às partes física e técnica, que já tinha errado na estreia. Como tinha vencido, não tomei tanto cuidado para o segundo combate e acabei derrotado. Estou treinando bastante para essa luta, sempre com a cabeça focada nas novas mudanças e isso está me fazendo bem", conta Yan, que soma 11 vitórias no MMA, além do revés no último confronto, em maio, por decisão unânime dos juízes.
Uma das principais mudanças enumeradas por Yan Cabral é a troca de peso. Sempre atuando entre os meio-médios, o atleta da Nova União agora fará seu primeiro combate na nova categoria, os leves. Para ele, os sete quilos em média de diferença que terá que baixar para subir na balança, não o deixarão debilitado fisicamente.
"Um dos pontos que pensamos, para mudar minha forma de atuar, foi baixar de categoria. Sou um cara que meu peso natural é 83kg ou 84kg. Estava lutando com 77kg. Me sentia mais fraco que os meus rivais. Agora estou mantendo a dieta regrada, treinando leve e espero fazer uma luta mais forte. Tenho certeza que o público vai ver outro Yan no octógono" confia o carioca de 31 anos, participante do TUF Brasil 2.
Especialista em jiu-jitsu, Yan Cabral acredita que a luta contra Kotani pode ser definida no chão. Isso porque o japonês, que possui um cartel de 33-11, também tem a arte suave como uma das suas especialidades.
"Kotani é um cara experiente. Aceita o chão e tem como forte a luta agarrada também. Então, vamos fazer uma excelente luta, movimentada e será uma grande chance de me recuperar", analisa destacando que ambos precisam entrar no octógono em busca de uma vitória: "Ele também vem de uma derrota, e logo na estreia no UFC, e quer vencer tanto quanto eu. Isso faz com que a luta ganhe em vontade e determinação. Tenho certeza que será um ótimo duelo", prevê.